sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Aula Pública, com produção de um documentário pela Net Claro Educação - tema “Conhecendo o Território do Glicério e suas Transformações Urbanísticas”

Aula Pública, dia 21/02/2018, com produção de um documentário pela Net Claro Educação.
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Com o tema “Cidade e Território”, a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Duque de Caxias, situada no bairro do Glicério, centro da cidade de São Paulo, realizou na quarta-feira, 21 de fevereiro, mais uma aula pública para seus alunos e pessoas da comunidade. Ministrada pelo Professor de Geografia, Paulo Roberto Magalhães, a aula reuniu cerca de 150 pessoas e percorreu ruas do entorno da escola.


A aula começou com a apresentação dos muros da unidade, grafitado com desenhos elaborados dos alunos da EMEF e pintados por artistas urbanos. O professor Paulo Magalhães explicou como foi o processo e a trajetória que levou as paredes externas a estarem coloridas e sem pichações. A valorização e o respeito ao espaço escolar, segundo o professor, é uma das maiores conquistas dos estudantes. O aluno Vito Gomes da Silva, 13, da 8ª série, que ajudou a fazer os desenhos, disse que “é legal [ter um desenho meu exposto] porque eu me lembro do dia. Além disso, as pessoas passam, olham e gostam muito”.


Ao passar pela Igreja Nossa Senhora da Paz, os alunos ouviram o Padre Antenor João Dalla Vecchia, coordenador da Casa do Migrante, ONG que faz trabalho voluntário com refugiados e estrangeiros em situação de vulnerabilidade, falar sobre preconceito, xenofobia, intolerância e a superação da violência. Ele frisou o trabalho de acolhimento que a EMEF Duque de Caxias faz com seus alunos estrangeiros e os incentivou a conhecer e respeitar novas culturas.
A aula ainda passou pela Vila Suíça, Rua dos Estudantes e pela escadaria Anita Ferraz. Para Valenka Pierre, estudante haitiana da 8ª série, ter aulas na rua é mais interessante do que na sala. “A gente se sente mais livre para entender as coisas”, conta Valenka.


De acordo com o Professor Paulo Magalhães, as pessoas passaram a perder o receio de caminhar pelo Glicério após a ocupação dos espaços públicos promovida pela EMEF. “É muito legal ver que as aulas estão atingindo seus objetivos quando vemos que as crianças estão mais confiantes. Para mim e para os alunos é uma conquista”, ressalta Paulo.
















O TEMA da aula dessa quarta feira nas ruas e vielas do bairro, foi elaborada sob o tema
 “Conhecendo o Território do Glicério e suas Transformações Urbanísticas”, os estudantes da EMEF percorreram os muros da escola narrando a trajetória dos desenhos que o cobrem – produzidos por eles mesmos em sala.
Estiveram presente mais de 150 alunos – entre alunos, docentes, gestores, integrantes de coletivos locais e moradores da comunidade do Glicério. Alunos paquistaneses, sírios e haitianos também integraram a expedição, que irá passar pelas ruas Anita Ferraz e dos Estudantes – com suas escadarias e consolidada como uma das primeiras ruas de lazer da capital paulista – e terminaremos na Vila Suíça, considerada pelo docente como um patrimônio do bairro e a Igreja Nossa Senhora da Paz onde está a Casa do imigrante.
Projeto acontece desde 2011 e já percorreu diversos pontos da cidade.
Eu prof de geografia analiso a importância de um projeto que transforma a cidade em lugar de aprendizado permanente. “As próprias crianças percebem que a aprendizagem não é só deles, e se expande para quem está fora da escola. Todos têm o direito de ouvir e aprender, e muitos não tiveram a oportunidade de estar dentro da escola. É fundamental que a educação saia desse círculo fechado e se amplie para o espaço urbano.”
Agradeço aos professores Claudia Rge Franchini 4B, Joyce Santos 5C Janete Moura 4 A, Reginaldo Viana 4 D, Fabiana Castro 5 A, Vivian 5 D, Alessandra Zacharias e as estagiárias do Cefai Luciana Santos e Ligia Queiroz da SPDM e a prof. Edilene De Oliveira Ortolani de Artes e a gestão da Emef Duque de Caxias e a todos os professores

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Aula Pública dia 21/02/2018 - Quarta feira as 09:00 hs


Aula Pública, dia 21/02/2018 as 09:00, com produção de um documentário pela Net Claro Educação, venham participar!!
O TEMA da aula do dia 21 quarta feira nas ruas e vielas do bairro, sera elaborada sob o tema “Conhecendo o Território do Glicério e suas Transformações Urbanísticas”, os estudantes da EMEF irao percorrer o muro da escola narrando a trajetória dos desenhos que o cobrem – produzidos por eles mesmos em sala.
Cerca de 100 pessoas estarão presentes – entre alunos, docentes, gestores, integrantes de coletivos locais e moradores da comunidade do Glicério. Alunos paquistaneses, sírios e haitianos também integraram a expedição, que irá passar pelas ruas Anita Ferraz e dos Estudantes – com suas escadarias e consolidada como uma das primeiras ruas de lazer da capital paulista – e terminaremos na Vila Suíça, considerada pelo docente como um patrimônio do bairro.
Projeto acontece desde 2011 e já percorreu diversos pontos da cidade.
Eu prof de geografia analiso a importância de um projeto que transforma a cidade em lugar de aprendizado permanente. “As próprias crianças percebem que a aprendizagem não é só deles, e se expande para quem está fora da escola. Todos têm o direito de ouvir e aprender, e muitos não tiveram a oportunidade de estar dentro da escola. É fundamental que a educação saia desse círculo fechado e se amplie para o espaço urbano.”
Fotos e montagem do material de Tiago Reivax.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Aula pública sobre a cidade de São Paulo e sua área metropolitana.

Portal Entretanto de 02/02/2018
https://www.entretantoeducacao.com.br/aula-publica-sobre-cidade-de-sao-paulo-e-sua-area-metropolitana/

Em 2017, encerrei um projeto, idealizado juntamente a outros educadores e intitulado “A arte de ocupar os espaços educativos na Metrópole”, levando 90 alunos da Escola Municipal Duque de Caxias, localizada no bairro do Glicério, em São Paulo (SP) para uma visita monitorada em uma das unidades do Serviço Social do Comércio (Sesc) 24 de Maio, localizado na região da República, no Centro da capital paulista. Lá, estes estudantes puderam conferir a exposição “São Paulo não é uma Cidade”. Neste espaço, fizemos uma aula pública.



DenSinto que, influenciados talvez por isto, outros professores também estão tomando a iniciativa de levarem seus alunos para a rua. Estou recebendo muitos convites para dar a aula pública em outras escolas, além de palestras em universidades, lugares onde pude mostrar que é possível buscar a transformação da escola pública. Algumas universidades que conheci têm incentivado seus alunos e professores a se articularem para criarem as suas redes locais e, com isso, irem mais para o espaço público.

Quando me perguntam o que é necessário para as aulas acontecerem, digo que apenas articulação local e organização. Sair da escola qualquer um sai, mas dar uma aula pública já é diferente. Além de criar laços com os agentes da região, é necessário preparar a aula, pesquisando e estudando sobre o local a ser desbravado.

Nesta atividade de encerramento, cerca de 130 pessoas estiveram presentes – entre alunos, docentes, gestores, integrantes de coletivos locais e moradores da comunidade do Glicério,  além de alunos paquistaneses, sírios, haitianos, chineses e de outras nacionalidades que integraram com os alunos da EMEF.  Passamos pelas ruas Anita Ferraz e dos Estudantes– com suas escadarias e consolidada como uma das primeiras ruas de lazer da capital paulista – e terminou na Vila Suíça. Dentro deste projeto, as Aulas Públicas acontecem mensalmente e, nelas, estamos desencadeando nos alunos um processo de reconhecimento e ocupação do espaço público, principalmente na região do Glicério, considerada uma das mais vulneráveis do centro da cidade.

Antes desta aula, caminhamos pelos arredores da instituições e passeamos de ônibus. Ainda na mesma semana, desenvolvemos outras aulas públicas aprofundadas no tema “Cidade, Metrópole, Megalópole e Campo/Cidade”, mesma temática trabalhada no Sesc.


Com saídas regulares pelo entorno da EMEF, os alunos conhecem os equipamentos públicos e culturais dos arredores da escola (como o Museu Catavento, Sesc Parque Dom Pedro II, Sesc Carmo,  Sesc 24 de maio, Câmara Municipal de São Paulo, Centro Cultural Banco do Brasil, Caixa Cultural, Sala São Paulo, Museu da Imigração Japonesa, Centro de Gerenciamento do Metrô, Instituto Tomie Othake, MuBE, Solar da Marquesa de Santos, Museu do Transporte entre outros) e pudemos ocuparmos a Vila Suíça, e todo o seu entorno, para a realização de uma aula pública, contando histórias sobre o bairro.

Sinto que, influenciados talvez por isto, outros professores também estão tomando a iniciativa de levarem seus alunos para a rua. Estou recebendo muitos convites para dar a aula pública em outras escolas, além de palestras em universidades, lugares onde pude mostrar que é possível buscar a transformação da escola pública. Algumas universidades que conheci têm incentivado seus alunos e professores a se articularem para criarem as suas redes locais e, com isso, irem mais para o espaço público.

Quando me perguntam o que é necessário para as aulas acontecerem, digo que apenas articulação local e organização. Sair da escola qualquer um sai, mas dar uma aula pública já é diferente. Além de criar laços com os agentes da região, é necessário preparar a aula, pesquisando e estudando sobre o local a ser desbravado.

Nesta atividade de encerramento, cerca de 130 pessoas estiveram presentes – entre alunos, docentes, gestores, integrantes de coletivos locais e moradores da comunidade do Glicério,  além de alunos paquistaneses, sírios, haitianos, chineses e de outras nacionalidades que integraram com os alunos da EMEF.  Passamos pelas ruas Anita Ferraz e dos Estudantes– com suas escadarias e consolidada como uma das primeiras ruas de lazer da capital paulista – e terminou na Vila Suíça.