terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Aula pública sobre a cidade de São Paulo e sua área metropolitana.

Portal Entretanto de 02/02/2018
https://www.entretantoeducacao.com.br/aula-publica-sobre-cidade-de-sao-paulo-e-sua-area-metropolitana/

Em 2017, encerrei um projeto, idealizado juntamente a outros educadores e intitulado “A arte de ocupar os espaços educativos na Metrópole”, levando 90 alunos da Escola Municipal Duque de Caxias, localizada no bairro do Glicério, em São Paulo (SP) para uma visita monitorada em uma das unidades do Serviço Social do Comércio (Sesc) 24 de Maio, localizado na região da República, no Centro da capital paulista. Lá, estes estudantes puderam conferir a exposição “São Paulo não é uma Cidade”. Neste espaço, fizemos uma aula pública.



DenSinto que, influenciados talvez por isto, outros professores também estão tomando a iniciativa de levarem seus alunos para a rua. Estou recebendo muitos convites para dar a aula pública em outras escolas, além de palestras em universidades, lugares onde pude mostrar que é possível buscar a transformação da escola pública. Algumas universidades que conheci têm incentivado seus alunos e professores a se articularem para criarem as suas redes locais e, com isso, irem mais para o espaço público.

Quando me perguntam o que é necessário para as aulas acontecerem, digo que apenas articulação local e organização. Sair da escola qualquer um sai, mas dar uma aula pública já é diferente. Além de criar laços com os agentes da região, é necessário preparar a aula, pesquisando e estudando sobre o local a ser desbravado.

Nesta atividade de encerramento, cerca de 130 pessoas estiveram presentes – entre alunos, docentes, gestores, integrantes de coletivos locais e moradores da comunidade do Glicério,  além de alunos paquistaneses, sírios, haitianos, chineses e de outras nacionalidades que integraram com os alunos da EMEF.  Passamos pelas ruas Anita Ferraz e dos Estudantes– com suas escadarias e consolidada como uma das primeiras ruas de lazer da capital paulista – e terminou na Vila Suíça. Dentro deste projeto, as Aulas Públicas acontecem mensalmente e, nelas, estamos desencadeando nos alunos um processo de reconhecimento e ocupação do espaço público, principalmente na região do Glicério, considerada uma das mais vulneráveis do centro da cidade.

Antes desta aula, caminhamos pelos arredores da instituições e passeamos de ônibus. Ainda na mesma semana, desenvolvemos outras aulas públicas aprofundadas no tema “Cidade, Metrópole, Megalópole e Campo/Cidade”, mesma temática trabalhada no Sesc.


Com saídas regulares pelo entorno da EMEF, os alunos conhecem os equipamentos públicos e culturais dos arredores da escola (como o Museu Catavento, Sesc Parque Dom Pedro II, Sesc Carmo,  Sesc 24 de maio, Câmara Municipal de São Paulo, Centro Cultural Banco do Brasil, Caixa Cultural, Sala São Paulo, Museu da Imigração Japonesa, Centro de Gerenciamento do Metrô, Instituto Tomie Othake, MuBE, Solar da Marquesa de Santos, Museu do Transporte entre outros) e pudemos ocuparmos a Vila Suíça, e todo o seu entorno, para a realização de uma aula pública, contando histórias sobre o bairro.

Sinto que, influenciados talvez por isto, outros professores também estão tomando a iniciativa de levarem seus alunos para a rua. Estou recebendo muitos convites para dar a aula pública em outras escolas, além de palestras em universidades, lugares onde pude mostrar que é possível buscar a transformação da escola pública. Algumas universidades que conheci têm incentivado seus alunos e professores a se articularem para criarem as suas redes locais e, com isso, irem mais para o espaço público.

Quando me perguntam o que é necessário para as aulas acontecerem, digo que apenas articulação local e organização. Sair da escola qualquer um sai, mas dar uma aula pública já é diferente. Além de criar laços com os agentes da região, é necessário preparar a aula, pesquisando e estudando sobre o local a ser desbravado.

Nesta atividade de encerramento, cerca de 130 pessoas estiveram presentes – entre alunos, docentes, gestores, integrantes de coletivos locais e moradores da comunidade do Glicério,  além de alunos paquistaneses, sírios, haitianos, chineses e de outras nacionalidades que integraram com os alunos da EMEF.  Passamos pelas ruas Anita Ferraz e dos Estudantes– com suas escadarias e consolidada como uma das primeiras ruas de lazer da capital paulista – e terminou na Vila Suíça.


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